Amortização: O que é e como calcular?

Conheça os diferentes tipos de amortização para empréstimos e saiba como calcular.

Amortização

Em algumas situações, não é possível fazer o pagamento da compra de um produto à vista e, para honrar com os seus compromissos financeiros, muitas empresas solicitam um empréstimo. Nesses casos, os credores recorrem a algumas alternativas para facilitar a quitação das dívidas, como a amortização.

Confira o artigo abaixo e descubra o que amortização, como funciona esse sistema de pagamento e qual a melhor opção para o seu investimento.

Amortização: O que é?

A amortização é, sobretudo, o pagamento de dívidas feito por empresas de forma parcelada, em um prazo pré-estabelecido. Ou seja, é o processo de dividir um empréstimo em uma série de pagamentos fixos por um determinado período. Você pagará os juros e o valor principal do empréstimo em montantes diferentes a cada mês, embora seu pagamento total permaneça igual.

Ela é calculada com base no valor principal da dívida, ou seja, é o montante real que foi emprestado ou financiado. E as parcelas não se referem apenas à amortização, mas também aos encargos e juros embutidos. Por exemplo: se foi feito um financiamento de R$ 100 mil para a compra de uma casa, o valor principal da dívida será igual a esses R$ 100 mil.

Diferentemente da depreciação, quando o fator considerado refere-se à eventual escassez de recursos, a amortização leva em conta o tempo em que a empresa passa em posse do investimento.

Portanto, a organização deverá guardar um determinado valor por certo período de tempo para quitar a dívida e só depois poderá fazer um novo investimento.

Saiba como funciona o Sistema de Amortização Constante (SAC)

O Sistema de Amortização Constante (SAC) é aplicado em financiamentos de longo prazo, estabelecendo pagamentos decrescentes para amortizar a dívida. Comumente, é uma opção utilizada quando a pessoa financia um imóvel, por meio do qual o valor das prestações vai diminuindo à medida as mensalidades são pagas.

E para calcular o valor da amortização de uma parcela pelo método SAC, é preciso dividir o valor total da dívida pelo número de meses de parcelas. Assim, se obterá o montante das amortizações e somar os juros.

Na prática, ela funciona assim:

Pegando novamente o exemplo de um empréstimo de R$ 100 mil, que foi financiado em 60 meses com juros de 0,68%, considere o valor da parcelas da seguinte forma:

  • Valor da amortização: R$ 100 mil ÷ 60 meses = R$ 1.666,67 (valor constante da amortização);
  • Valor da primeira parcela: R$ 1.666,67 de amortização + R$ 680 de juros (R$ 100 mil x 0,68%) = R$ 2346,66;
  • Valor da segunda parcela: R$ 1.666,67 de amortização + R$ 668,66 de juros (R$ 100 mil – R$1666,67 x 0,68%) = R$ 2.335,33;
  • Valor da terceira parcela: R$ 1.666,67 de amortização + R$ 657,33 de juros (R$ 100 mil – (1666,67 x 2 parcelas já pagas) x 0,68% = R$ 2.324,00.

Após os 60 meses, o valor total de juros pago no final seria de R$ 20.739,99.

Tabela Price

Outro método usado para o cálculo da amortização é a Tabela Price. Trata-se de um sistema que estabelece parcelas de mesmo valor pagas para a amortização da dívida.

Desta forma, a amortização sobre a dívida é crescente, e os juros constantes. Normalmente é usada para a compra de carros e eletrodomésticos.

Se um empréstimo no banco é feito pelo Sistema Price, mesmo que todas as parcelas pagas sejam iguais, no início, você pagará uma maior porcentagem de juros do que o valor financiado. Com o tempo, os juros vão baixando e, então, você passa a pagar uma maior porcentagem do valor emprestado e menos juros.

No entanto, existem diferenças entre as tabelas SAC e Price. De forma simples, pode-se dizer que elas aparecem das seguintes formas.

  • Parcelas: na tabela Price, elas são constantes, enquanto na SAC, elas são decrescentes;
  • Amortizações: na Price, a amortização acontece de maneira crescente. Já na SAC ela é constante;
  • Saldo devedor: Na tabela Price, o saldo devedor começa a ser reduzido lentamente, enquanto na SAC ocorre a redução linear.

Leia também: Externalidade nos investimentos: como analisar em ações.

Outros sistemas de amortização

Além desses sistemas de amortização, há outros tipos de sistemas de pagamento de dívidas e empréstimos: sistema americano, pagamento único e amortização extraordinária.

Sistema Americano

Neste sistema, as amortizações não são mensais. Contudo, o pagamento é feito apenas em cima dos juros das parcelas. Após a finalização do empréstimo, o devedor deverá quitar o valor integral.

Pagamento Único

Como sugere o nome, ao final do contrato, o pagamento deverá ser realizado de uma única vez, calculado com base na amortização total da dívida, acrescida dos juros.

Amortização Extraordinária

A amortização extraordinária é quando o devedor antecipa as parcelas para reduzir o número de pagamentos mensais. Um bom exemplo é o FGTS, no qual a pessoa pode utilizar esse recurso para pagar algumas parcelas ou até mesmo quitar a dívida.

Com a redução das parcelas, o que se diminui é o valor, e não o número de pagamentos. Mas antes de optar por essa alternativa, é necessário avaliar os juros mensais e que o uso do dinheiro não irá impactar no orçamento.

Política Cambial: o que é e qual a sua importância para os investimentos

Qual o melhor sistema de amortização para o seu investimento?

Para avaliar qual será o melhor sistema de amortização a ser escolhido no seu investimento, analise os seguintes pontos:

  • Tempo estimado para pagar a dívida;
  • Qual sistema impacta menos o orçamento;
  • Condições financeiras.

Estas informações são necessárias para que se faça uma escolha ideal, evitando assim que se tenha prejuízos futuramente.

Bônus: Amortização Contábil – O que é?

A amortização contábil registra a diminuição do valor de bens intangíveis no ativo permanente de uma empresa. Assim, entendemos que é a perda de valor do capital aplicado na aquisição de um ativo intangível com existência ou exercício de duração limitada.

Como e quando realizar esse cálculo

Para fazer o cálculo da amortização, deve-se analisar vários fatores. Primeiramente, é preciso conhecer o valor pago por determinado bem intangível.  Em seguida, avalie a vida útil do ativo. O último fator é o chamado valor residual. Este é o valor aplicado caso seja possível vender o ativo depois de algum tempo.

O cálculo da amortização na contabilidade é o seguinte: (Valor inicial – Valor residual) / Vida útil. O resultado dessa conta é o valor que deve ser amortizado.

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