Auditoria externa: o que é para que serve

A auditoria externa é uma ferramenta que ajuda a atestar se a contabilidade de uma empresa é confiável. Para isso, segue padrões de avaliação e, no final, gera um relatório com diferentes tipos de parecer. Esse documento serve como garantia de que a companhia está com as finanças organizadas e produzindo lucro – cenário ideal para atrair novos investidores e acionistas.

Se deseja saber mais sobre a área, este artigo é para você. A partir de agora, vamos explicar, de um jeito simples, como funciona a auditoria independente, seus objetivos e as diferenças para a auditoria interna.

O que é auditoria externa?

Auditoria externa é uma atividade exercida por um profissional independente, que segue padrões técnicos para verificar a confiabilidade de ações ou informações. Em geral, as empresas contratam auditoria externa para atestar a veracidade dos dados contábeis e auferir a saúde financeira do negócio.

Nesse caso, ela deve ser feita por um contador experiente em auditorias no segmento em que a empresa atua, estando devidamente cadastrado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Ele será responsável por analisar demonstrativos de rendimentos, despesas e receitas em um período determinado. Segundo conta Claudio Marcelo Rodrigues Cordeiro em sua obra “Auditoria Interna Operacional“, a auditoria externa nasceu da evolução do sistema capitalista. Devido ao crescimento das corporações, houve a necessidade de aprimorar seus controles e procedimentos internos.

Isso faz sentido, porque, quanto maior a organização for, mais complexa se torna a sua administração, aumentando o risco de fraudes, desvios de verbas e manipulação dos dados registrados em seus arquivos. Assim, além da auditoria realizada internamente, acionistas e investidores passaram a valorizar a avaliação do patrimônio e finanças realizada de maneira independente, por um profissional qualificado e sem vínculo com a companhia.

Qual a diferença para a auditoria interna?

Ao contrário da auditoria externa, a interna é tarefa de funcionários da própria empresa, que avaliam os processos em busca da melhoria contínua. Ou seja, a auditoria interna tem como principal objetivo manter a organização competitiva, enxugando custos e aumentando a sua eficiência.

Para tanto, são executadas ações que permitem a análise das contas, questões jurídicas, regras e procedimentos da companhia, servindo como base para a elaboração de um relatório no qual são recomendadas melhorias. Por otimizar o controle das tarefas e da rotina, a auditoria interna costuma ser um processo permanente.

Quais são os objetivos de uma auditoria externa?

A auditoria externa e independente deve atender às exigências legais expressas, por exemplo, na Lei 6.404/1976, que dispõe sobre sociedades por ações, como as sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma organização com fins lucrativos que tem seu capital financeiro dividido em ações.

A legislação estabelece que as sociedades anônimas de grande porte, que atuem como instituições financeiras ou negociem ações no mercado de capitais, precisam passar por auditoria externa periodicamente. Então, vale citar como objetivos desse tipo de auditoria:

• Cumprimento da legislação
• Atender a regulamentos da empresa
• Validar registros contábeis
• Conferir segurança a acionistas e investidores
• Atrair novos investimentos.

Como uma auditoria externa é realizada?

Conheça, abaixo, cinco passos que compõem as auditorias externas. Dependendo dos propósitos e necessidades do cliente, outras fases podem ser acrescentadas.

Planejamento

É o início da avaliação, momento no qual são definidos objetivos, serviços e o prazo para conclusão da auditoria. Para oficializar o trabalho, o auditor produz a chamada Carta Proposta, especificando itens como escopo, critérios, responsabilidade da administração, responsabilidade da auditoria, honorários e despesas.

Análise de amostra

Nesta fase, o auditor solicita e recebe uma amostra de demonstrativos contábeis do cliente e começa a testar sua validade.

Revisão analítica

É a etapa que corresponde a uma avaliação mais completa da amostra, passando por diversos procedimentos técnicos para verificar sua confiabilidade e gerar dados como o índice de rentabilidade do negócio.

Coleta de evidências

Após os testes iniciais, o auditor pode solicitar mais recursos ou provas para sustentar os resultados das análises anteriores, dando suporte à sua opinião.

Produção de relatório

Com testes e evidências suficientes para fundamentar a sua avaliação, o auditor independente elabora o relatório de auditoria, descrevendo os procedimentos realizados e seu parecer, que é o resultado do processo.

Possíveis resultados da auditoria

Podemos definir o parecer como a opinião do auditor, que é fundamentada pelo processo de auditoria e indica seu resultado. Quando o profissional formula um parecer sem ressalva, significa que está convencido sobre os itens abordados na auditoria.

Já quando há pequena dúvida ou discordância, ele emite um parecer com ressalva. Demonstrativos e documentos contábeis incompletos ou incorretos sustentam o parecer adverso. Caso não tenha obtido evidências e provas suficientes para formalizar uma opinião, o auditor tem a opção de emitir um parecer com abstenção de opinião.

Gostou de saber mais sobre auditoria externa? Confira mais conteúdos no blog da Capital Research, com dicas para escolher o melhor investimento para você.