Capacidade produtiva: o que é e como analisar nos investimentos

A capacidade produtiva é um fator importante ao analisar uma ação da bolsa. Saiba tudo sobre o assunto com nosso guia.

Você analisa a capacidade produtiva das empresas ao avaliar ações na Bolsa de Valores? Se ainda não faz isso, é hora de incrementar o seu método para tomar decisões assertivas na hora de escolher os papéis mais promissores.

A capacidade produtiva representa o máximo que a empresa consegue produzir em um determinado período. Logo, tem uma relação direta com o seu potencial de gerar lucro  — algo que sempre deve ser levado em conta por quem investe. Então, analisar a capacidade produtiva é uma forma de direcionar os investimentos na bolsa para garantir a melhor rentabilidade a partir de suas aplicações. Com as dicas abaixo, você vai compreender melhor a importância desse indicador.

O que é capacidade produtiva na indústria

Capacidade produtiva é um indicador que demonstra o fluxo operacional de uma empresa. Trata-se da quantidade máxima de mercadorias e serviços que uma companhia é capaz de produzir em determinado período, de preferência, a partir do menor custo possível.

Por exemplo: se uma loja de roupas produz 20 peças por dia, isso quer dizer que, durante uma semana, sua capacidade produtiva é de 100 peças. No livro Gestão da produção industrial (Editora Ibpex, 2016), Moacyr Paranhos Filho menciona que a capacidade produtiva se refere ao volume máximo de potencial de atividade de agregação de valor que pode ser alcançado sob condições normais de operação. “A capacidade pode ser vista como potencial, ou seja, pode ser ou não usada totalmente, para produzir um volume de produtos”, pontua o autor. Portanto, esse indicador é fundamental para avaliar a relação entre recursos e tempo necessários para a produção de um volume capaz de atender à demanda do mercado e de alcançar as metas de vendas.

Capacidade produtiva na análise de investimentos

Agora que você tem um panorama sobre o conceito, é hora de desmembrá-lo em diferentes categorias. Confira abaixo quais são os quatro tipos de capacidade produtiva e suas principais características. Essa visão geral serve como ponto de partida para analisar os seus investimentos, considerando a capacidade das empresas sob diferentes pontos de vista.

Assim, é possível direcionar com assertividade as aplicações financeiras conforme a análise e identificação de companhias com índices mais altos de capacidade produtiva e que, consequentemente, geram mais valor em menos tempo. Vamos nessa?

Capacidade produtiva disponível

A capacidade produtiva disponível é o volume de produtos ou serviços que a empresa pode produzir em um momento exato, considerando os ativos e insumos disponíveis nesse mesmo período. Nesse tipo de capacidade, não são levadas em conta as perdas, faltas ou paradas nas operações.

Capacidade produtiva instalada

A capacidade produtiva instalada consiste na capacidade total da empresa, considerando a infraestrutura disponível para as operações. Nesse cálculo, entram fatores como equipamentos, máquinas, insumos, matéria-prima e recursos humanos destinados à produção. Mas esse tipo de capacidade considera um cenário ideal, sem interrupções, falhas e perdas durante as operações.

Capacidade produtiva efetiva

A capacidade produtiva efetiva designa o nível de produção alcançado a partir da capacidade disponível na empresa, mas considerando perdas, paradas para manutenção e falhas. Portanto, no cálculo, são levados em conta fatores previsíveis e que podem ser controlados.

Capacidade produtiva realizada

Por fim, a capacidade produtiva realizada consiste na capacidade efetiva da empresa, só que considerando perdas e paradas que não são previsíveis, como falta de energia ou danos nos equipamentos, por exemplo. Sendo assim, o cálculo desse tipo de capacidade é feito a partir de estimativas, considerando as probabilidades de interrupções no processo.

Importância de analisar a capacidade produtiva

Quem investe sabe que a escolha das aplicações financeiras deve ser feita com base em análises sólidas. E a capacidade produtiva é um indicador essencial para analisar as ações disponíveis na Bolsa de Valores, de maneira a escolher os ativos com maior potencial de rendimento.

Afinal, você não quer investir em uma empresa que não consegue atender à demanda do mercado e entregar valor, não é mesmo? Sim, empresas que não sabem gerenciar a capacidade produtiva de forma eficiente tendem a apresentar desempenho financeiro insuficiente. Então, pelo contrário, é preciso buscar pelas companhias com alta capacidade produtiva, pois as ações delas tendem a se valorizar com o tempo, desde que sejam bem geridas. Essas empresas têm potencial para elevar lucros e, consequentemente, se tornam mais atrativas para o mercado.

Mas cuidado: também não adianta investir em empresas que produzem muito mais do que conseguem vender, deixando produtos no estoque, que representam, na prática, dinheiro parado. Por fim, é claro que a análise não deve ser feita somente com base nisso. Outros dados, como Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, da sigla em inglês), valor patrimonial, lucro líquido e margem de lucro também são fundamentais. Mas incluir a capacidade produtiva na análise propicia uma tomada de decisão mais assertiva, gerando maior segurança para o longo prazo.

Então, agora você já sabe: para analisar uma ação na bolsa e entender se vale a pena investir nela, utilize esse indicador para aumentar a sua chance de sucesso.

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