Capital Markets: o que é e como investir

Aprenda como funcionam os capital markets e confira as principais dicas para começar a investir.

Também chamado de mercado de capitais, capital markets nada mais é que o mercado criado para que empresas possam captar investimentos. Em troca desse dinheiro, a empresa distribui valores mobiliários para quem decidir investir nela.

Se você é investidor ou acompanha os posts do blog há algum tempo, já deve ter notado do que se trata o capital markets, certo? Mas, apesar da definição simples, o mercado de capitais engloba algumas características, vantagens e desvantagens.

Vale mencionar, também, que a nossa intenção não é apenas responder o que é capital markets. O objetivo é lhe oferecer os primeiros passos para fazer parte desse mercado e aproveitar as diferentes possibilidades de investimento que ele proporciona. Por isso, acompanhe-nos pelas próximas linhas e entenda tudo sobre esse tipo de captação de investimento!

Capital markets: conceito e objetivo

O principal objetivo desse mercado é disponibilizar recursos financeiros para diversos tipos de atividades econômicas, como a indústria ou o comércio.

Como falamos na introdução do artigo, essas empresas, que exercem atividade econômica, oferecem títulos em troca do investimento, e é no capital markets que essas trocas são negociadas.

Se você negocia ações na Bolsa de Valores, já está atuando no mercado de capitais. Além de empréstimos e reinvestimento dos próprios lucros, é por meio da aquisição desses ativos por investidores que torna-se possível custear o desenvolvimento econômico.

Do ponto de vista legal, o  mercado de capitais é regulado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Essa proteção torna as transações mais seguras, garantindo que as operações sejam executadas e seu dinheiro esteja protegido.

 

Principais características do mercado de capitais

Conheça os principais tipos de mercado que se enquadram no mercado de capitais. Veja abaixo.

  • Mercado primário: negociações feitas quando a empresa está ofertando novos valores mobiliários aos investidores. É aqui que elas obtêm os recursos necessários ao seu desenvolvimento.
  • Mercado secundário: aqui, as ações e títulos são negociados entre os próprios investidores, que compram e vendem ações já distribuídas pelas empresas.
  • Mercado de derivativos: envolve contratos de compra e venda negociados de maneira condicional, no qual os pagamentos futuros são acordados de acordo com as expectativas dos investidores envolvidos.

Conheça, também, alguns dos ativos que são negociados nesses mercados.

  • Ações: ao comprar uma ação, você se torna um sócio acionista dela.
  • Debêntures: também conhecidos como títulos de dívida, são negociados com uma promessa de remuneração com juros em um determinado prazo.
  • Opções sobre ações: direito de compra e venda de ações com preços e prazos preestabelecidos. Normalmente usado para proteger ações contra perdas causadas por oscilações na Bolsa de Valores.
  • Títulos públicos: investimentos de renda fixa também fazem parte do capital markets, como Tesouro Direto ou Tesouro Selic.

Outros títulos que são negociados no mercado de capitais são as letras de câmbio, CDB, os direitos e recibos de subscrição, entre outros.

3 vantagens em investir no capital markets

 

1.     Tributos reduzidos

A primeira vantagem dos investimentos no mercado de capitais são os impostos reduzidos na renda variável. Quando o investimento é feito por conta própria e não por meio de fundos, vendas de ações que não ultrapassem R$ 20.000 em um mês são isentas de tributação.

 

2.     Participação nos lucros de empresas renomadas

Imaginou dizer por aí que você é investidor de empresas reconhecidas no país inteiro, como a Americanas e Submarino? Se você tem ações da B2W Digital, pode fazer isso sem problema algum.

Melhor que a “ostentação”, porém, é participar dos lucros destas empresas. A maior parte delas se capitaliza oferecendo suas ações no mercado primário e têm o potencial de distribuir bons dividendos àqueles que mantém os títulos em sua carteira.

 

3.     Potencial de rentabilidade

Como falamos no item anterior, o potencial de rentabilidade de uma empresa pode torná-la uma opção melhor para manter em sua carteira do que simplesmente vendê-la.

Melhor ainda, você pode montar uma carteira com ações de empresas com boa rentabilidade e aproveitar os dividendos que elas distribuem periodicamente.

Como começar a investir?

 

1.     Escolha uma boa corretora

O primeiro passo para começar a investir no capital markets é escolher uma boa corretora para transferir o dinheiro que usará para os investimentos.

A corretora é a ponte entre você e as instituições financeiras onde acontecem as operações, como a Bolsa de Valores (BM&F).

 

2.     Abra a sua conta de investimentos

Será por meio da corretora que você abrirá a sua conta de investimentos. É importante lembrar que é necessário pesquisar bem sobre as corretoras, suas tarifas e autorizações com a CVM.

Além disso, suas operações devem ser protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante a devolução do seu dinheiro em até R$ 250.000, caso a corretora quebre.

 

3.     Defina seus objetivos

Não comece a investir se você não tem a menor ideia de onde quer chegar. Isso pode fazer com que tente operações que não se encaixam no seu perfil ou, pior ainda, cair na conversa de pessoas de má intenção, que queiram usar sua falta de clareza para ganhos pessoais.

Antes de comprar sua primeira ação, é importante responder a seguinte pergunta: “Por que quero investir em ações?” Existem diversas respostas para essa questão.

Se você quer ganhar dinheiro a curto prazo e tem a intenção de estudar e praticar o Day Trade, por exemplo, esse será o seu objetivo.

E se a meta for utilizar a renda variável para ampliar os ganhos financeiros mensais? Então aprender estratégias conservadoras que garantam um ganho menor, mas contínuo, é o objetivo que deve traçar.

Essa pergunta lhe ajudará a descobrir qual é o seu perfil de investidor. Além disso, permitirá que se prepare mais para atuar com sucesso no capital markets.

 

4.     Defina seu plano de investimento

Quando souber o que quer no mercado de capitais, será a hora de traçar a rota que cruzará para chegar até lá. Um plano de investimento lhe permitirá elaborar suas estratégias.

Assim que souber seu objetivo, você poderá desmembrá-lo em partes menores, que lhe ajudarão a alcançá-lo. Mas, lembre-se: elaborar o plano de investimento exige conhecimentos sobre as diferentes modalidades presentes no capital markets.

Por exemplo, se o seu objetivo é investir para viver da renda dos seus investimentos, seu plano deve ser o de montar uma carteira ampla de títulos seguros e de baixo risco. Em seguida, você irá estudar quais são as melhores empresas ou operações financeiras ideais para investir.

Assim, você terá maiores chances de conseguir os resultados que deseja no prazo que estabeleceu.

 

5.     Acompanhe os resultados

Não basta investir e deixar o seu dinheiro sem supervisão. Acompanhar os resultados do mercado é importante para entender o momento que deve comprar ou vender novos títulos, de maneira a maximizar seus rendimentos.

Você pode fazer isso diretamente do painel de Home Broker da corretora que escolheu no início do passo a passo. Assim, você saberá quais são os melhores papéis para comprar, para vender e até mesmo se o indicado é se desfazer de uma ação para evitar prejuízos em sua carteira.

Agora conte para a gente: já começou a investir no mercado de capitais? Há quanto tempo já está investindo e chegando mais perto de alcançar sua meta financeira? Deixe sua experiência aqui nos comentários!

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