Contas patrimoniais: o que são, exemplos e classificação

Entenda o que são contas patrimoniais e como podem ser muito úteis para sua empresa, trazendo diversas informações financeiras

As contas patrimoniais trazem informações primordiais na avaliação financeira de uma empresa. 

São uma “fotografia” do tamanho e da situação da organização. 

Basicamente, consistem em um relatório gerado após o registro de toda a movimentação financeira que impacta na estrutura da companhia. 

Tanto para o empreendedor quanto para o investidor, aprender mais sobre esse assunto é muito importante. Mas nem sempre as contas patrimoniais são tratadas de forma leve e simples. 

É o que vamos fazer neste artigo. Siga a leitura para tirar suas dúvidas sobre o tema. 

 

O que são contas patrimoniais 

Para desvendar o que são contas patrimoniais, vamos analisar, primeiro, as duas palavras envolvidas. 

“Conta” na linguagem de contabilidade é o nome técnico que identifica cada registro de movimentação financeira. 

Ou seja, não precisa necessariamente envolver um cálculo. 

As contas se dividem basicamente em dois tipos: patrimoniais e de resultado. 

As patrimoniais se referem ao ativo, passivo e ao patrimônio líquido da entidade, enquanto as de resultado são as receitas e despesas verificadas em determinado período. 

Neste texto, vamos focar no primeiro tipo. 

 

Importância e exemplos de contas patrimoniais 

Para acompanhar o desempenho de uma empresa, saber se ela está crescendo e se valorizando, é importante olhar para as contas patrimoniais. 

Na hora de decidir em qual empresa colocar o seu dinheiro, preste atenção nisso. 

Serve também para a organização pessoal de quem está começando a investir e aumentar ou diversificar o patrimônio. 

As principais contas patrimoniais são basicamente três: 

 

Contas de ativos 

As contas de ativos são as que se referem aos bens e direitos. 

Ou seja, qualquer coisa que ofereça uma expectativa de ganho ou lucro. 

De forma geral, tanto na contabilidade de gigantes multinacionais quanto nas finanças de uma família ou pessoa física, ativos são as posses que representam renda aos seus donos. 

Ou podem vir a representar no futuro, como no caso de um imóvel, que tem potencial de venda, ou ações, que podem gerar pagamento de dividendos, dependendo dos resultados da empresa. 

Os diversos tipos de ativos basicamente se dividem em duas classificações: 

 

Ativos circulantes 

São os que têm mais liquidez, ou seja, capacidade de serem convertidos rapidamente em capital. 

Geralmente, são classificados assim aqueles ativos faturados dentro do mesmo ano. 

Alguns exemplos 

  • Contas correntes com livre movimentação 
  • Dinheiro em espécie em caixa 
  • Bens ou produtos destinados à venda 
  • Estoque livre 
  • Despesas pagas antecipadamente 
  • Contas a receber 
  • Impostos a restituir 
  • Investimentos de curto prazo em geral 

 

Ativos não circulantes 

São os ativos com menor liquidez. 

Os bens e direitos que, por suas características, podem levar um tempo superior a um ano para se transformarem em capital. 

Incluem aqueles que normalmente não se deseja converter em capital, porque servem ao funcionamento da organização. 

Os ativos não circulantes se subdividem em: 

  • Ativos realizáveis no longo prazo: aqueles que devem entrar no exercício social dos anos seguintes, como investimentos de longo prazo, depósitos a longo prazo, empréstimos realizados, etc. 
  • Ativos imobilizados: os que são indispensáveis à capacidade de produção da empresa, como imóveis e equipamentos 
  • Investimentos: aqueles que não são responsáveis pela produção, como imóveis para rendimento ou futura utilização 
  • Ativos intangíveis: bens sem caráter físico, mas com valor financeiro, como direitos autorais, marcas, patentes, licenças, softwares, etc. 

 

Contas de passivos 

As contas de passivos são o outro lado da moeda. 

Enquanto os ativos se referem a bens e direitos, o passivo é o conjunto de obrigações e dívidas de uma organização. 

São os itens de posse que demandam custo e contas a pagar em geral. 

Ou seja, tudo que gera despesa. 

Assim como no caso dos ativos, podem ser divididos em circulantes e não circulantes dependendo da possibilidade de serem realizados (convertidos em prejuízo) dentro do mesmo ano ou nos seguintes. 

O passivo circulante representa aquilo que será pago em breve, ou mensalmente, como a folha de pagamento. 

Além das obrigações trabalhistas, entram aqui as contas de fornecedores, empréstimos e financiamentos a pagar no período. 

No caso de finanças pessoais, um carro é um passivo circulante, pois demanda uma série de custos em curto prazo. 

Os passivos não circulantes são aqueles que só serão exigidos pelos credores após o fim do exercício social atual (ano). 

 

Patrimônio líquido 

O patrimônio líquido é o resultado da diferença entre as contas de ativos e as de passivos. 

É o valor contábil de uma empresa. 

É decorrente da acumulação do capital inicial aportado por todos os sócios, somado à toda a variação sofrida ao longo dos anos. 

Vá além das contas patrimoniais no seu investimento 

Alguns conceitos abordados dentro do tema de contas patrimoniais podem ser extremamente úteis na vida do investidor. 

Na hora de escolher ações de empresas na bolsa de valores, por exemplo, saber calcular seus ativos e patrimônio líquido será um enorme passo para o sucesso. 

Pode se tratar de um cálculo complexo, mas você já entendeu o princípio.  

Agora, para crescer nesse assunto, você pode contar com a ajuda de profissionais. 

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