Correlações passadas nos investimentos: o que é e como funciona?

Aprender como as correlações passadas afetam nossas decisões nos investimentos é essencial para maior rentabilidade.

A estatística está presente a todo momento no mercado financeiro. Termos como média, desvio padrão e variância são usados frequentemente ao calcular risco ou o retorno que algum ativo oferece, entre outros. 

A correlação também é uma medida que deve ser considerada. Ela é um importante instrumento para montar uma carteira diversificada de investimentos. As correlações passadas são uma ferramenta a se usar em momentos de decisão.

Sendo assim, aprender como as correlações passadas funcionam nos investimentos é essencial para tomar boas decisões na Bolsa de Valores. Aprenda como nos próximos parágrafos!

Correlações passadas nos investimentos – o que são?

A correlação é uma medida de avaliar como dois ou mais ativos se movimentam de maneira relacionada. Ou seja, como um ativo pode afetar outro. 

Por exemplo, imagine que você tem ativos de duas empresas do setor de óleo e gás. Caso o setor apresente um crescimento generalizado, é possível que as ações de ambas valorizem.

Se uma empresa ganha um leilão para explorar um poço de petróleo da outra, é provável que o ativo dessa mesma companhia se valorize, enquanto o da rival que perdeu apresente queda.

Ambos os exemplos mostram uma correlação entre os ativos. Existem três tipos de correlações nos investimentos, que abordaremos mais à frente no artigo.

Dando outro exemplo, imagine que você tem um ativo no setor de óleo e gás e outro no de softwares para computador. Nesse caso, é pouco provável que a valorização ou desvalorização de um afete o outro.

Isso significa que os ativos não são correlacionados.

Mas o que seriam as correlações passadas nos investimentos? Na verdade, esse é um viés no qual, ao invés de você relacionar um ativo em relação ao outro, você o relaciona com suas experiências passadas.

Ou seja, você decide relacionando o seu próprio histórico com o ativo. A experiência é uma professora valiosa, mas nem sempre te dá as melhores lições. 

Vamos te mostrar a seguir como a causalidade afeta seus investimentos ao criar correlações passadas.

Causalidade: como ela afeta os seus investimentos?

Você toma sopa quando está frio? Se a sua resposta for sim, já temos aqui uma relação de causalidade. Afinal de contas, você está fazendo uma refeição quente porque o clima está frio. O nome dessa relação é causalidade e ela é usada para entender como as correlações passadas funcionam.

 

Você pode estabelecer uma correlação ao encontrar a causalidade em um investimento. Isso significa que, quando uma variável não programada entra nas equações da sua aplicação, você pode usar a causalidade para entender como essa variável está afetando sua rentabilidade.

 

Quanto maior for a relação dos ativos em comparação com a variável não programada, maior será o impacto. Você se lembra do exemplo que demos dos ativos do setor de óleo e gás?

 

Como uma causalidade pode fazer com que ações de ambas caiam? Elas podem estar explorando um novo poço de petróleo e descobrir que sua capacidade era muito inferior ao que se especulava.

 

Mas como ela funciona nas correlações passadas? Podemos usar o mesmo exemplo para mostrar como elas funcionam. Imagine que você tenha sido esse investidor que comprou ativos das empresas de óleo e gás, mas a descoberta fez com que perdesse muito dinheiro.

 

É provável que você tenha vendido esses ativos e jurado nunca mais investir em óleo e gás, correto?

 

Alguns anos depois, o setor volta a apresentar crescimento, de maneira que se tornou uma boa ideia investir neles novamente. Mas você opta por manter sua carteira do jeito que está, deixando essa chance passar.

 

Por que você fez isso? A resposta também é simples: sua má experiência passada com ativos do tipo te fazem decidir não aproveitar o momento de crescimento. Afinal de contas, você fez correlações passadas nas quais comprar ações de empresas do setor foi uma má ideia.

Por que é tão importante usar a correlação para montar sua carteira?

O exemplo acima ilustra bem o que acontece quando investidores optam por encher suas carteiras de ativos que possuem correlações. 

Quando esse tipo de acontecimento inesperado ocorre, eles veem suas ações despencarem como se estivessem a praticar queda livre. É um dos riscos de investir em ações que todo investidor pode passar.

Na verdade, a chave para uma carteira diversificada é contar com ativos com correlação negativa ou perfeitamente negativa, como vamos mostrar a seguir.

4 tipos de correlações nos investimentos

Ativos na Bolsa de Valores se correlacionam de quatro maneiras diferentes, como se estivessem em uma escala de -1 a +1. Entenda cada uma logo abaixo!

 

Correlação perfeitamente positiva (+1)

Ativos em correlação perfeitamente positiva irão se movimentar de maneira igual. Não importa o que aconteça, sua valorização e desvalorização acontecerão de acordo com as mesmas causas.

Por outro lado, esse é o tipo de correlação nos investimentos mais raro que existe. Até ativos de uma mesma empresa podem apresentar leve variação.

 

Correlação positiva (entre 0,01 a 0,99)

Quanto maior for o número decimal, mais semelhante os ativos correlacionados se movimentarão.

Imagine dois ativos que se correlacionam a 0,3. Isso significa que, caso um ativo valorize 10%, a segunda ação também irá se valorizar, mas por apenas 3%.

 

Correlação negativa (entre -0,01 a -0,99)

Quando temos uma correlação negativa, isso significa que os ativos relacionados se movem em direções opostas.

Vamos usar o mesmo exemplo acima, porém alterando o nível para correlação negativa de -0,3. Quando um dos ativos valorizar os mesmos 10%, o segundo ativo irá desvalorizar em 3% e vice-versa.

 

Correlação perfeitamente negativa (-1)

Funcionando de maneira semelhante ao anterior, nessa opção os ativos seguem igualmente em direções opostas. Ou seja, quando um ativo valoriza, o outro desvaloriza na mesma proporção.

Se você tem um ativo que valorizou 50%, a outra aplicação a quem ele está correlacionado de maneira perfeitamente negativa irá desvalorizar também pela metade.

Como usar correlações passadas nos investimentos?

Nossa recomendação é que não use tanto o seu histórico pessoal na hora de comprar ou vender ativos. Podemos dizer que a Bolsa de Valores é um sistema quase orgânico, com mudanças e reviravoltas constantes.

A negociação que você fez no passado e deu errado pode dar certo hoje. Mas o inverso também pode acontecer. Por isso que usar correlações passadas nos investimentos é perigoso.

Também por esse motivo que optamos por explicar como funciona a correlação estatística. Ela é um elemento muito mais importante a se entender para investir na Bolsa de Valores e peça chave para montar uma carteira diversificada.

Quer saber como usar correlações e aprender tudo sobre o mercado financeiro? Então entre em contato conosco agora mesmo!

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