Depreciação Linear: entenda o que é e como é feito seu cálculo

Se aprofunde no conceito de Depreciação Linear e saiba como aplicar seu cálculo. Confira o material que preparamos.

Linear

Todo produto sofre depreciação. A partir do momento que você o adquire, o valor de revenda começa a reduzir. É um processo de desvalorização que é associado ao uso, à redução do tempo de vida útil e a qualidade de funcionamento.

A lógica é bem clara: quanto mais tempo o produto está em uso, mais danos ele sofre e menos tempo de vida em uso ele tem. Ela se aplica a diversos tipos de bens: veículos, imóveis, equipamentos, eletrônicos e outros.

Existem diversas fórmulas para o cálculo da depreciação e uma delas é a depreciação linear.

Depreciação linear: o que é?

Seguindo a ideia de que todo bem sofre depreciação, a linear é aquela que considera que isso ocorre de maneira uniforme, ao longo do tempo. É a fórmula mais usada por empresas no cálculo das despesas e perda de valor de bens do negócio.

Além de ser a mais usada, é a fórmula que calcula a desvalorização de maneira mais simples. Por considerar uma ocorrência proporcional e linear, torna a compreensão do processo de perda de valor mais compreensível e fácil de entender.

O objetivo central do modelo de cálculo é permitir que você identifique, considerando a vida útil do bem observado, qual a depreciação anual apresentada. 

Apesar da depreciação ocorrer anualmente até o fim da vida útil do bem, é importante destacar que o valor nunca será igual a zero. A fórmula considera o chamado valor residual, ou seja, o quanto aquele bem continua valendo mesmo após seu esgotamento.

Como funciona?

Cada bem tem seu tempo estimado de vida útil, valor residual e porcentagem anual de depreciação.

A vida útil é o tempo que leva entre a aquisição do produto e o momento em que ele deixa de gerar caixa ou começar a representar um custo. Já o valor residual é o valor que sobra, em relação ao custo de aquisição, quando a vida útil do bem termina. É possível que, em caso de desgaste total, o valor residual seja zero.

Por último, temos a porcentagem anual de depreciação do valor, que é diferente para cada categoria de bem, como vemos nos exemplos:

  • Edifícios: 4%
  • Máquinas: 10%
  • Equipamentos: 10%
  • Móveis: 10%
  • Veículos: 20%
  • Computadores: 20%

Esses são os elementos utilizados para calcular a depreciação dos bens. Veja, a seguir, como o cálculo é feito.

Como calcular a depreciação linear?

O cálculo da depreciação é feito a partir de uma fórmula fixa:

Depreciação anual = (Custo de aquisição – Valor residual) / Anos de vida útil.

O custo de aquisição é conhecido pela nota de compra, mas o valor residual e os anos de vida úteis, em geral, são estimados pela empresa.

A depreciação deve ser considerada nos ativos da empresa, impactando o valor registrado para o bem no patrimônio. Para obter essa informação, no entanto, o cálculo não é o mesmo, mas sim um de depreciação acumulada. É necessário aplicar a seguinte fórmula:

Depreciação anual x Anos de vida útil = Depreciação acumulada

Com esse valor em mãos, seguimos para a segunda parte da conta:

Custo de aquisição – Depreciação acumulada = Valor de registro nos ativos

As fórmulas devem ser realizadas antes de todo balanço anual, sendo essencial revisar a estimativa de vida útil e o valor residual dos bens antes do cálculo. 

O cálculo na prática

Com valor residual:

Custo de aquisição: R$ 8 milhões

Valor residual: R$ 300 mil

Vida útil: 10 anos

Depreciação anual = (8.000.000 – 300.000)/10 = R$ 770.000

Ou seja, a cada ano esse equipamento tem uma depreciação linear de R$ 770 mil nas despesas da empresa.

Sem valor residual:

O processo é o mesmo, alterando apenas o valor inserido no campo Valor residual, de forma que:

Custo de aquisição: R$ 8 milhões

Valor residual: R$ 0

Vida útil: 10 anos

Depreciação anual = (8.000.000 – 0)/10 = R$ 800.000

Nesse caso, a cada ano esse equipamento tem uma depreciação de R$ 800 mil nas despesas da empresa.

Depreciação: custo ou despesa?

No momento de colocar na contabilidade, é essencial definir se a depreciação é um custo ou uma despesa. Definir isso depende de alguns fatores.

Se o bem em questão é utilizado diretamente nas operações da empresa, como ocorre com máquinas e computadores, entre outros, a depreciação deve ser um custo. Do contrário, a depreciação é uma despesa.

A diferença entre os dois, mais do que a aplicação direta do bem, são os relacionados à geração de receita. Todo equipamento que impacta diretamente a geração de receita entra no cálculo do valor pago no Imposto de Renda e, por isso, deve ser considerado um custo.

Depreciação e investimento

Existem diversas aplicações financeiras que devem levar em consideração a depreciação linear no rendimento. Esse é o caso, por exemplo, de fundos imobiliários. Para investir de maneira consciente e prever esse tipo de influência nos resultados obtidos, procure a Capital Research e tenha acesso a conteúdos completos e exclusivos para conquistar o máximo de seus investimentos.