Mercado a termo de Ações: o que é, como funciona e como investir

Entenda os motivos para operar no mercado a termo e como é a operação para quem compra e para quem vende ações.

Existem diferentes formas de se investir na compra e na venda de Ativos. O mercado financeiro é, afinal, formado por diferentes ambientes comerciais, cada um com suas próprias regras de negociação e rendimento.

Operando paralelamente ao mercado da Bolsa de Valores, tanto o mercado de balcão quanto o mercado futuro são alguns dos mais importantes.

Também dispondo de suas próprias normas, um destes mercados permite que investidores com poucos recursos façam uma espécie de parcelamento a prazo para adquirir Ativos. Esse ambiente se chama de mercado a termo.

O que é o mercado a termo

Comprar um Ativo no mercado a termo é muito semelhante a fazer uma compra a prazo e com juros. No caso de uma Ação, por exemplo, o investidor interessado faz um contrato com o vendedor comprometendo-se a pagar por ela em uma data futura , com uma taxa de juros combinada entre as partes.

Quando chega a data pré-definida, a negociação é finalizada automaticamente pelo sistema, dentro dos termos acertados.

Esse tipo de transação que ocorre no mercado a termo é chamada de derivativo: o prazo para a finalização do negócio varia normalmente entre um mínimo de 16 dias e um máximo de 999 dias. 

Operar no mercado a termo significa, para o comprador, ter acesso a investimentos cujos valores são superiores ao que ele possui sem precisar dispor de todo o dinheiro no momento da compra.

Já para o vendedor, é uma forma de se proteger e garantir algum lucro, mesmo com a possibilidade da queda do Ativo.

Como funciona o mercado a termo

O mercado a termo no Brasil opera paralelamente à Bolsa de Valores, a B3, e é controlado por ela: as operações a termo são exibidas no pregão. Todos os Ativos que são negociados na B3 também podem ser alvo de um contrato a termo, como Ações, commodities, moedas, Títulos Públicos.

As transações do mercado a termo são realizadas na mesma plataforma eletrônica que o investidor utiliza para acessar normalmente a Bolsa, o Home Broker.

Existem basicamente duas formas de realizar uma operação a termo:

Termo Tradicional 

Formato mais comum de transação a termo. Nele, o comprador adquire um Ativo depositando uma margem de garantia ou cobertura e combina com o vendedor uma data para o pagamento do valor à vista acrescido de uma taxa de juros – no mínimo 16 dias e no máximo 999 dias.

O comprador pode antecipar o pagamento total ao vendedor ou revender o Ativo antes do prazo, mas ainda precisa pagar o valor acordado previamente.

Termo Flexível 

Com prazo que varia entre 16 e 90 dias, o Termo Flexível permite que o comprador “troque” o Ativo antes do prazo final de pagamento. Se o investidor adquire Ações da empresa X no mercado futuro, com um Termo Flexível de 50 dias, ele pode revender essas Ações no 10º dia, se assim desejar, e ficar livre da dívida acordada previamente.

Para quem compra Ações, operar no mercado a termo cria a possibilidade de alavancar seus investimentos, ou seja: potencializar o retorno aumentando também o risco.

Se o investidor vê uma perspectiva de crescimento para as Ações de uma determinada empresa, pode decidir arriscar e adquirir esses Ativos com um contrato a termo. Mesmo que vá arcar com juros na data do pagamento, a compensação pela valorização das Ações pode ser maior.

O mesmo vale para investidores que percebem boas oportunidades no mercado e não possuem dinheiro para investir no curto prazo.

Já para quem vende Ativos, o mercado a termo representa uma boa forma de se proteger.

Digamos que um produtor de Café percebe que o valor desse commodity irá cair no futuro próximo; ao vender o produto para outros investidores com uma taxa de juros pré-estabelecida, ele garante uma margem de lucro mesmo que a queda do café se confirme.

Perceba a dualidade: quando se trata de negociações no mercado a termo, o comprador aposta na valorização do Ativo e o vendedor na desvalorização do Ativo. É um mercado, portanto, que pode trazer benefícios ou prejuízos para os dois lados. 

4 motivos para operar no mercado a termo

  1. Alavancagem – É um mercado que dá ao investidor a chance de potencializar seus ganhos apostando na futura alta dos Ativos, e correndo, assim, mais riscos. 
  2. Acesso – ainda que possua recursos insuficientes para adquirir certa Ação, o comprador pode recorrer ao mercado a termo para investir nela, contanto que consiga depositar uma margem de garantia.
  3. Renda Fixa alternativa – para quem vende, o mercado a termo possibilita a criação de uma espécie de Renda Fixa por causa dos juros atrelados ao contrato de venda. Para evitar prejuízos, é preciso negociar a venda do Ativo assim que ele é adquirido.
  4. Proteção – também para o vendedor, o mercado a termo oferece proteção no caso de um Ativo vir a se desvalorizar – caso ele perceba que essa tendência irá se confirmar e venda o Ativo, e graças à taxa de juros que o comprador irá pagar. 

Como investir nesta modalidade

Operar no mercado a termo requer os mesmos pré-requisitos que a atuação na Bolsa de Valores brasileira exige: 

  • uma conta aberta em uma instituição financeira ou corretora de valores autorizadas a atuar no mercado financeiro; 
  • o consequente recebimento da plataforma digital que dá acesso à B3, o Home Broker

A própria instituição/corretora envia a plataforma e a senha de acesso para o investidor após a abertura da conta.

A B3 exibe em seu pregão todas as negociações do mercado a termo e todos os Ativos que são negociados na Bolsa podem ser alvos de um contrato a termo. Dentro do Home Broker, a corretora ou instituição financeira onde o investidor abriu sua conta faz a intermediação para que as duas partes de cada transação fechem o negócio.

A CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia) é quem recebe os depósitos de garantia cada vez que um Ativo é negociado no mercado a termo.

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