Mini-índice: O que é e como operar?

É possível operar com as melhores ações do Mini-índice tendo pouco dinheiro para investir

Para entender o que é o Mini-índice, primeiro precisamos falar sobre o Índice Bovespa, conhecido também como Ibovespa ou Ibov. O Ibovespa é o índice responsável por mostrar o desempenho das ações mais negociadas da Bolsa de Valores do Brasil.  Ele é como uma carteira teórica de ações, a qual agrupa, em um só local, as valorizações e desvalorizações desses papéis que mais movimentam a bolsa.

Investir nas ações brasileiras mais negociadas parece tentador, mas pode ser um pouco complicado comprar todas as ações que fazem parte do índice. Para isso, existem alternativas que permitem ao pequeno investidor  aproveitar as oscilações do Ibovespa e conseguir obter lucros através desses indicadores.

Uma das formas possíveis é investindo em contratos futuros de índices, que são derivados do índice Bovespa e comercializados dentro do Mercado Futuro, por meio de um contrato de Índice Futuro.

É possível investir nesse indicador por meio de dois tipos de contratos:

  • Índice grande ou cheio, que possui a sigla IND
  • Mini-índice, que responde pela sigla WIN

O Mini-índice, bem como o Índice grande, é um contrato futuro atrelado ao Ibovespa, e a diferença entre os dois está no tamanho de cada um. O Mini-índice  é negociado a um valor menor, por isso, é mais indicado para investidores que são pessoas físicas e pequenas empresas. Ele também é conhecido como Minicontrato Futuro de Ibovespa ou Futuro Mini de Ibovespa, sendo um importante instrumento no mercado de derivativos.

O que é Mini-Índice:

Conforme falamos acima, o Mini-índice é um contrato futuro do Ibovespa, a diferença entre ele e um contrato padrão está no fato de que o Mini-índice atua como um minicontrato  e equivale a 20% de um contrato cheio. Ou seja, para cada ponto do Ibovespa, o Mini-índice é cotado a R$ 0,20, e não a R$1,00.

Logo, você precisa de menos dinheiro para investir no Mini-índice, e ele normalmente é negociado com mais facilidade na Bolsa de Valores.

Por ser derivativo do Ibovespa, à medida que os pontos do Índice da Bovespa variam, o Mini-índice também oscila. Sempre na proporção de: se o índice oscila um ponto para mais ou para menos, o investidor do Mini-índice tem um ganho ou prejuízo de R$0,20.

Para compreender melhor como funciona esse tipo de investimento, temos a seguinte fórmula:

Resultado = quantidade de contratos x variação de pontos x R$0,20

 Isso significa que, se você tiver 5 contratos de Mini-índice comprados a 80 mil pontos e vendidos a 80.500 pontos, terá como resultado da operação RS 500,00. Pois (5 x 500 x 0,20) = 500.

Como operar Mini-índice:

Podemos realizar transações com o Mini-índice praticamente da mesma forma como agimos com ações, contudo, existem alguns pontos importantes de diferenças que merecem nossa atenção: 

  • Prazo de liquidação

 Diferentemente de uma ação que você pode possuir para o resto da vida, com o Mini-índice não é assim que funciona. O índice tem um dia certo para acabar, ou seja, cada contrato tem uma data de vencimento, que é toda quarta-feira mais próxima do dia 15 dos meses pares.

 Neste dia, o contrato será liquidado impreterivelmente. Todavia, os ganhos ou perdas não acontecem apenas no vencimento. Pelo contrário, todos os dias a Bolsa realiza um ajuste diário das posições dos contratos futuros.

  • Valor do ponto

 A cotação do Mini-índice é expressa em pontos, na qual cada ponto equivale a R$ 0,20, e o que se negocia é a variação dos pontos. Normalmente, o índice costuma variar aproximadamente 500 pontos por dia.

  •  Nome do ativo 

Diferentemente das ações que possuem sempre o mesmo código, os nomes dos contratos futuros mudam a cada vencimento, ou seja, a cada dois meses. Mas a lógica dessa mudança é simples: como já vimos, os Mini-índices são chamados de WIN, e cada mês par de vencimento possui uma letra, sendo G – fevereiro, J – abril, M – junho, Q – agosto, V – outubro, Z – dezembro. E, por último, vem o ano 19. Assim, o código do Mini-índice deste mês é WINZ19.

  • Ajuste de posição

O ganho ou a perda de valor não acontece apenas no vencimento. Todos os dias, a Bolsa realiza um ajuste diário das posições dos contratos futuros, creditando e debitando os valores ganhos no dia de acordo com a oscilação do Ibovespa.

Isso é feito como uma estratégia de diminuição do risco do mercado, para evitar que os investidores não tenham o dinheiro para pagar o prejuízo, por exemplo. Por isso, é necessário ter uma garantia para ser debitada em caso de débitos ao longo do prazo do contrato.

  • Margem de garantia

Outra divergência em relação às ações, é que você não paga o valor do Mini-índice ao comprar e nem recebe o valor do índice ao vender. Para operar com cada contrato, você apresenta à Bolsa um depósito chamado de margem de garantia

Quais os riscos e vantagens de investir em Mini-índice?

Por funcionar muito pelo método de alavancagem, para investir em Mini-índice é preciso ter bastante domínio a respeito de mercado futuro e saber analisar bem os riscos e perdas que, assim como os ganhos, são consideráveis. Por isso, o Mini-índice não é uma operação para todos, mesmo podendo trazer ótimos resultados.

Ao alavancar, ou seja, realizar uma operação sem realmente tê-la, é possível ganhar muito mais do que o que foi investido, mas isso também diz respeito às perdas, proporcionalmente. Para poder cobrir os prejuízos é que se faz necessário o depósito da margem de garantia.

O mercado de Índices varia muito e, por ser um contrato que abrange as principais empresas da Bolsa de Valores brasileira, gera grandes oportunidades de negócios no dia a dia. O fato de ser um contrato que abrange as ações mais importantes também proporciona uma maior segurança. Dessa forma, o Mini-índice também pode ser utilizado como uma forma de proteção (hedge) do capital, ao diversificar os tipos de investimentos.

Por ter um grande volume diário e ser uma transação de natureza rápida e especulativa, o day trade com Mini-índice é o tipo de operação mais comum nesse mercado. No entanto, outra maneira de operá-lo é a curto prazo. A diferença entre os dois está na porcentagem da margem de garantia que é preciso ter. Para negócios a curto prazo, são necessários 8% e, para day trade, 1,75% do valor do contrato.

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