Como a Reforma da Previdência pode afetar seus investimentos

Saiba como mudanças relacionadas à reforma podem afetar determinados investimentos.

No final de 2019, a tão difundida reforma da previdência foi aprovada. Uma discussão de longos anos, a reforma tinha, entre muitos outros objetivos, a função de alavancar a economia brasileira. Mas será que essas mudanças afetam os seus investimentos? Fizemos essa análise para você. Acompanhe!

O que mudou com aprovação da Reforma da Previdência

Resumidamente, estas são as principais mudanças trazidas com a reforma da previdência:

Idade mínima

No sistema antigo, era possível se aposentar tanto por tempo de contribuição quanto por idade. Hoje, a idade mínima é de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens, tanto no setor público quanto privado, e o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos para o setor privado e 25 para o setor público. Professores têm a idade mínima de 57 anos para as mulheres e 60 para os homens, com contribuição mínima de 25 anos para os setores público e privado. Policiais se aposentam com idade mínima de 55 anos (homens e mulheres) e precisam de 30 anos de contribuição.

Modificações nos cálculos

No regime anterior, descartavam-se 20% das contribuições mais baixas. Atualmente, a média é feita em cima de todos os pagamentos do trabalhador, que receberá 60% deste cálculo. Se o contribuinte optar por continuar no mercado de trabalho após o tempo mínimo de contribuição, haverá um acréscimo de 2% para cada ano trabalhado. Assim, para conseguir 100% do benefício, a média de tempo será de 35 anos de contribuição. Acima desse tempo, ele receberá mais de 100% de aposentadoria.

Alíquotas

Anteriormente as contribuições mensais ficavam entre 8% a 11% do salário. No novo sistema, paga mais quem ganha mais e as faixas vão de 7,5% a 16,79%.

Parlamentares

Os parlamentares se aposentavam com idade mínima de 60 anos e 35 anos de contribuição. Agora, eles precisam atingir 62 anos para as mulheres e 65 para os homens.

O impacto da Reforma da Previdência nos investimentos

A maior influência da reforma da previdência nos investimentos é a manutenção de juros baixos, como a Taxa Selic e a inflação, e a possível volta de investidores estrangeiros para o Brasil. Dessa forma, os investimentos de renda fixa ficam menos atrativos, já que se baseiam nesses juros, e os de renda variável se tornam uma opção melhor, com a maior confiança na economia do país.

Então, onde investir?

A tendência é investir em ativos que oferecem mais retorno, como Fundos Imobiliários (FII), ações, Fundos Multimercados e ETFs (Exchange Traded Funds). Claro que tudo se trata de acompanhar o mercado de perto, mas a expectativa é que o consumo suba e ações de empresas ligadas ao varejo, como Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3), sejam favorecidas.

Saiba tudo sobre ETFs!

Outra expectativa é a de que empresas que distribuam dividendos também ofereçam um rendimento maior, já que, com juros baixos, poderão investir mais. Além disso, os Fundos Imobiliários também tendem a ser mais rentáveis, com a diminuição da Selic e a possível maior aquisição de imóveis pela população em geral.

A dica, no entanto, é sempre a mesma: uma carteira diversificada, com maiores chances de retornos balanceados.

Investir em previdência privada vale a pena?

A previdência privada nada mais é que um investimento em um fundo de longo prazo, ou seja, com prazo de resgate bastante longo, com a diferença de poder realizá-lo (ou adquirir seus rendimentos) de uma só vez ou em saques mensais. Portanto, é preciso escolher bem o fundo a se investir (como sempre, o melhor é combinar renda fixa com renda variável) e realizar os aportes programados.

Sobre a pergunta que muitos trabalhadores se fazem: vale a pena investir em previdência privada? Claro! Ter um investimento equilibrado, seja em momento de reforma da previdência ou não, sempre vale a pena! Mas lembre-se: escolha bem o banco ou corretora e o fundo a se investir.

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