Riscos da previdência privada: quais são e como evitar

Descubra os riscos da previdência privada e saiba como aumentar a segurança (e a rentabilidade) do investimento em longo prazo.

Conhecer os riscos da previdência privada é essencial para aumentar a segurança financeira das aplicações. Quando bem planejada, a modalidade é uma opção rentável e segura no longo prazo.

Mas, para isso, você não pode cometer erros básicos: a escolha inadequada do plano e do regime de tributação, por exemplo. Por isso, neste guia, você vai descobrir quais são os principais riscos da previdência privada e o passo a passo para não ficar suscetível a eles. Acompanhe.

Previdência privada tem riscos? 

Como qualquer outro investimento, a previdência privada oferece riscos. Mas eles estão ligados a um mau planejamento das aplicações, conforme veremos adiante. 

É importante ter em mente que previdência privada é um investimento de longo prazo. Por isso, o principal risco envolve o resgate antecipado dos rendimentos, o que resulta em altas alíquotas de imposto e danos à rentabilidade.

Por outro lado, quando bem planejada, a previdência oferece baixos riscos financeiros. No longo prazo, há garantia de que você vai receber mais do que investiu. E se o fundo aplicar um alto percentual em ativos de renda fixa, a segurança do investimento é ainda maior.

 

Riscos da previdência privada

A seguir, descubra quais são os riscos da previdência privada para não cometer erros ao investir:

Escolha de fundo inadequado

A rentabilidade está diretamente ligada à composição do fundo de previdência. Por isso, é importante analisar com atenção os fundos oferecidos pelo seu banco ou corretora. 

Verifique os ativos oferecidos, o percentual investido em renda fixa e variável, a rentabilidade histórica e o grau de risco. Assim, fica mais fácil escolher a opção certa para os seus objetivos.

Má definição do plano

Outro risco é a escolha do plano errado. Há dois planos disponíveis atualmente: PGBL e VGBL. Eles diferem principalmente na forma de tributação. Por isso, é essencial conhecer as características e verificar qual deles é mais adequado para o seu perfil.

Resumidamente, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) permite fazer restituição de até 12% da renda bruta tributável na declaração de Imposto de Renda. A alíquota incide sobre o valor total da aplicação. O plano é indicado para quem usa o formulário completo de declaração e tem renda suficiente para absorver o desconto.

Já o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) não possibilita restituição. A vantagem é que a alíquota incide apenas sobre os rendimentos. O plano é indicado para quem usar o formulário simplificado de IR, portanto.

Escolha de tabela de IR errada

Assim como o plano, a escolha inadequada da tabela de Imposto de Renda pode comprometer a rentabilidade. A tributação pode ocorrer de duas formas: pela tabela regressiva ou pela progressiva.

A tabela regressiva tem alíquotas que diminuem com o tempo. Então, é indicada para quem tem certeza de que vai resgatar o investimento no longo prazo. Quanto maior o período até o resgate, menor é o valor pago:

  • Até 2 anos: 35%
  • De 2 a 4 anos: 30%
  • De 4 a 6 anos: 25%
  • De 6 a 8 anos: 20%
  • De 8 a 10 anos: 15%
  • Acima de 10 anos: 10%.

Já na tabela progressiva, o investimento é tributado na fonte à alíquota de 15%. No resgate, o valor é reajustado a partir de alíquotas que vão de 0 e 27,5%, conforme o valor recebido. 

Esse regime, portanto, é indicado para quem está perto de usufruir do benefício ou para quem vai se aposentar com um benefício inferior à faixa isenta da tabela.

Custos altos demais

Também há risco quando a cobrança de taxas pelo banco ou corretora é a alta demais, porque a rentabilidade é comprometida nesse caso. Fique de olho nas seguintes taxas:

  • Taxa de administração
  • Taxa de carregamento de entrada
  • Taxa de carregamento de saída
  • Taxa de performance.

 

Resgate em curto prazo

Por fim, há o risco de resgate no curto prazo. Agora você já sabe que a previdência é um investimento de longo prazo  — lembre-se da alíquota reduzida a 10% na tabela regressiva, por exemplo. No curto prazo, a cobrança de IR fica alta demais. Se você busca por retornos rápidos, busque por outro tipo de investimento.

Como minimizar riscos da previdência privada

Além de não cometer os erros citados acima, confira três dicas extras para reduzir os riscos da previdência privada:

1. Conheça o seu objetivo

Compreender o seu objetivo financeiro é primordial na avaliação da previdência privada. Assim, você consegue planejar o investimento e ter certeza de que se trata da modalidade adequada. Portanto, analise fatores como metas de ganho, expectativa de renda na aposentadoria, tolerância ao risco e valor mensal de contribuição.

2. Compare taxas

Conforme vimos, taxas elevadas comprometem a rentabilidade da aplicação. Por isso, é importante comparar os preços de várias instituições financeiras, incluindo bancos e corretoras, antes de investir. 

3. Organize as finanças

Por fim, organize as finanças. Na previdência privada, é necessário ter disciplina para fazer contribuições mensais sem que o orçamento pessoal seja prejudicado. Outra dica é criar um fundo de emergência antes de investir. Assim, se ocorrer algum imprevisto, você não precisa fazer o resgate da previdência antes do tempo.

E aí, compreendeu os riscos da previdência privada? Ao aplicar as dicas do artigo, você elimina esses riscos e pode investir com tranquilidade e segurança. Compartilhe este artigo se gostou do conteúdo.

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