Taxa DI: o que é e por que é decisiva para avaliar investimentos em renda fixa

Entender o que é taxa DI é fundamental para decidir se um investimento em renda fixa vale a pena. Aprenda agora com nosso guia.

Você sabe por que a taxa DI é importante na hora de analisar investimentos em renda fixa? Basicamente, é um benchmark fundamental da rentabilidade de aplicações financeiras, que serve como referência para comparar e avaliar o desempenho de ativos.

Por ser calculada com base nos CDIs emitidos diariamente, a DI está sempre muito próxima (ligeiramente abaixo) da Selic, e, portanto, acompanha a tendência de queda atual. Quer saber o que isso significa para os seus ativos? Siga a leitura e aprenda a usar a taxa DI na sua carteira de investimentos.

Importância da taxa DI para a renda fixa

A taxa DI representa a média diária de juros cobrados em depósitos interfinanceiros — ou seja, empréstimos entre bancos. No mercado interbancário, as instituições negociam empréstimos todos os dias, para evitar excessos e deficiências em caixa.

Assim, para que haja um equilíbrio entre os saldos, os bancos recorrem aos Certificados de Depósito Interbancários (CDI), que são os instrumentos de captação dos recursos. Você deve conhecer o CDI como uma referência para a rentabilidade dos investimentos de renda fixa, certo? De fato, a taxa DI é um dos principais indexadores do mercado de renda fixa, servindo como benchmark para investimentos como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

Logo, essas aplicações normalmente rendem uma porcentagem específica do CDI (no caso, da taxa de DI). Por isso, ao escolher seus investimentos de renda fixa, um dos critérios mais importantes é avaliar se o título rende 90%, 100% ou 120% do CDI, por exemplo.

É importante lembrar que a taxa DI muda diariamente e acompanha de perto a Selic (a taxa básica de juros do país), ficando levemente abaixo. Então, para avaliar se um investimento vale a pena, você deve acompanhar de perto a taxa de DI e comparar a rentabilidade de diferentes ativos financeiros.

Dessa forma, temos um indicador valioso para analisar o desempenho de investimentos, além de servir como base para conduzir análises de risco e viabilidade econômica. Além disso, a DI também é conhecida como “a taxa livre de risco brasileira”, pois garante retorno com o mínimo de risco possível.

Qual é a taxa DI?

A taxa DI é calculada diariamente pela B3 (empresa oriunda da integração entre Cetip e BM&BOVESPA), com base em todos os CDIs emitidos. Assim, a porcentagem indicada é a média ponderada de todos os certificados do dia, que serve como referencial de rentabilidade.

No dia 29 de outubro de 2019, por exemplo, a taxa DI era de 5,4%, conforme publicação da B3. Para entender a evolução da taxa, é importante conferir a série histórica do DI, que permite a consulta dos índices diários desde março de 1986.

Na pesquisa da B3, também é possível selecionar os itens Média, Mínima, Máxima, Moda, Desvio Padrão e Taxa Selic. Se quiser avaliar a rentabilidade de um investimento de renda fixa utilizando a taxa DI como referência, você também pode usar a Calculadora de DI exclusiva. Nela, você consegue calcular o fator de DI acumulado entre duas datas, e tem direito a até 10 cálculos diários (5 cálculos com 6 casas decimais de precisão e 5 cálculos com 2 casas decimais de precisão).

Não se esqueça de checar também a Meta Selic, disponível para consulta no site do Banco Central.

Investimentos que rendem mais do que a taxa DI

Como vimos, a taxa DI é um importante termômetro de investimentos. Porém, com a queda dos juros atual, é ainda mais importante buscar ativos que remuneram acima dessa média.

No fim de outubro de 2019, o Copom reduziu a Selic para 5% ao ano, segundo dados do Banco Central publicados na Agência Brasil — o menor nível desde o início da série histórica, em 1986. Logo, é claro que os investidores estão em busca de ativos que rendem acima da DI (e da Selic, consequentemente), pois não compensa se basear apenas nessa taxa com juros tão baixos.

Basta fazer uma comparação básica: se um investimento rende 100% do CDI atualmente (5,4% a.a.) e o outro 120% (6,5% a.a.), a diferença é mínima após o desconto da inflação (meta de 4,25% para 2019) e impostos.

Nesse caso, vale a pena buscar títulos de bancos não tão grandes, que oferecem remuneração mais alta. De qualquer forma, as melhores rentabilidades, em cenário de taxa DI baixa, encontram-se na renda variável. No longo prazo, a renda variável traz muitas oportunidades, como as ações, os fundos de ações e os fundos multimercado — sempre de olho no longo prazo.

Mas como encontrar esses investimentos que superam a taxa DI, tanto na renda variável quanto na renda fixa?A verdade é que não há um roteiro pronto. Você precisa de conhecimento, experiência e familiaridade com o mercado financeiro para detectar essas oportunidades.

Se quiser um atalho, os planos da Capital Research podem ajudar com informações confiáveis para você investir melhor — e encontrar o ativo ideal para o seu perfil. Assine nossa newsletter e receba, diariamente, informações atualizadas sobre o mercado financeiro.

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